Os servidores públicos federais têm uma pauta importante em discussão na próxima quinta-feira (12): a equiparação do auxílio-alimentação entre os três Poderes. A diferença atual é significativa – enquanto profissionais do Executivo recebem R$ 1.000, colegas do Legislativo e Judiciário recebem R$ 1.780 pelo mesmo benefício.

Essa disparidade de 78% será o tema central da próxima reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP. Para quem atua no serviço público, entender essas mudanças é fundamental, especialmente considerando o impacto que podem ter no orçamento familiar e nas opções de crédito consignado disponíveis.

Entenda o reajuste nos benefícios para servidor público

Os números são claros e chamam atenção pela diferença. Atualmente, a situação dos benefícios está assim distribuída:

  • Poder Executivo: R$ 1.000 mensais de auxílio-alimentação
  • Poderes Legislativo e Judiciário: R$ 1.780 mensais

Essa diferença de R$ 780 por mês representa um impacto anual de R$ 9.360 no orçamento familiar. É um valor que pode fazer diferença real na qualidade de vida dos servidores e suas famílias.

A reivindicação dos servidores busca corrigir essa disparidade, baseando-se no princípio de que profissionais do serviço público deveriam receber tratamento equitativo nos benefícios, independentemente do Poder em que atuam.

Aumentos já implementados em 2024

Mesmo sem reajuste salarial geral no ano anterior, o governo federal promoveu correções importantes nos benefícios pagos aos servidores do Executivo. A estratégia adotada priorizou aumentos em valores fixos, beneficiando proporcionalmente mais os profissionais com menor remuneração.

Os ajustes implementados a partir de 2024 foram:

  • Auxílio-alimentação: crescimento de R$ 658 para R$ 1.000 (aumento de 51,9%)
  • Auxílio-saúde: elevação de R$ 144 para R$ 215 por pessoa (alta de 49,3%)
  • Auxílio-creche: ampliação de R$ 321 para R$ 484,90 (crescimento de 51,05%)

Esses reajustes representaram um alívio importante para o orçamento dos servidores, mas ainda mantiveram a diferença significativa em relação aos demais Poderes.

Outras demandas em negociação

Além da equiparação do auxílio-alimentação, os servidores também apresentaram outras reivindicações:

  • Reajustes nas diárias de viagem
  • Melhorias nos auxílios saúde e creche
  • Regulamentação do direito de greve, conforme previsto na Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT)

Reajustes salariais de 2025 para servidores federais entram em vigor

Paralelamente às discussões sobre benefícios, os servidores já contam com os reajustes salariais estabelecidos pela Lei 15.141, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A norma, publicada no Diário Oficial da União, estabeleceu aumentos retroativos a janeiro de 2025, com pagamentos iniciados em maio.

Os reajustes foram diferenciados conforme acordos firmados entre o governo e as categorias:

Servidores sem acordo específico

Este grupo recebeu reajuste de 9% em 2025, com mais 9% programado para 2026, totalizando 18% de aumento no período.

Cargos comissionados e funções de confiança

Os reajustes variam entre 9% e 69%, dependendo do nível hierárquico do cargo ocupado.

Carreiras com regime de subsídios

Profissionais dessas carreiras obtiveram aumento de 23% distribuído em dois anos, incluindo:

  • Diplomatas
  • Auditores do Banco Central
  • Analistas da Susep e Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
  • Técnicos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
  • Auditores de finanças e controle

Professores de instituições federais

Docentes em dedicação exclusiva, com doutorado e no topo da carreira, receberam reajuste de 17% escalonado até 2026

O que muda no crédito consignado?

Os aumentos salariais e a possível equiparação do auxílio-alimentação têm reflexos diretos nas opções de crédito consignado para os servidores. Com renda maior, a margem consignável – valor máximo que pode ser comprometido com empréstimos – aumenta proporcionalmente.

Segundo regulamentação do Banco Central, servidores públicos podem comprometer até 35% da renda líquida com konsi.com.br/. Essa modalidade oferece as menores taxas de juros do mercado, com médias entre 18% e 30% ao ano, bem abaixo de outras opções como cartão de crédito ou cheque especial.

Com os reajustes implementados, os servidores podem:

  • Acessar valores maiores de empréstimo
  • Quitar dívidas com juros mais altos
  • Renegociar contratos existentes com melhores condições

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