O Banco Central afirmou nesta semana que vê com bons olhos o novo modelo de crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada, lançado em março pelo governo federal. Em ata divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), a autoridade monetária informou ter incorporado “algum impacto” do consignado privado em suas projeções de crescimento da economia.
Em pouco mais de um mês, a modalidade já superou R$ 10 bilhões em concessões, surpreendendo o mercado e o próprio governo.
O novo modelo de crédito consignado privado, também chamado de consignado CLT, foi lançado pelo governo em março de 2025 para facilitar o acesso de trabalhadores da iniciativa privada a empréstimos com juros mais baixos.
A principal vantagem está no desconto direto em folha, que reduz o risco para os bancos e permite condições mais atrativas.
Por que o Banco Central considera positivo o consignado privado?
Segundo a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central já incorporou os efeitos do consignado CLT em suas projeções para o crescimento da economia. O impacto, de acordo com o órgão, está ligado à elevação da renda disponível dos trabalhadores.
Isso acontece porque, com o novo modelo, muitos brasileiros estão trocando dívidas mais caras por parcelas menores no consignado privado. Assim, sobra mais dinheiro no fim do mês para consumo ou organização financeira — o que pode estimular a economia de forma indireta.
Empréstimos para CLT já ultrapassaram R$ 10 bilhões
Em pouco mais de um mês de operação, o volume de crédito liberado já passou de R$ 10 bilhões. Esse número surpreendeu o mercado e o próprio governo, que enxergam no novo modelo uma alternativa mais justa ao crédito pessoal tradicional, que costuma ter taxas bem mais altas.
Apesar disso, o Banco Central ressaltou que ainda é cedo para medir todos os efeitos da medida, e que continuará acompanhando os dados para ajustar suas previsões.
O BC também destacou que o novo consignado privado não deve ser visto como uma ação para aquecer a economia no curto prazo. Em vez disso, representa uma possível mudança estrutural no mercado de crédito, ao incluir milhões de trabalhadores CLT num sistema antes restrito a servidores públicos e aposentados do INSS.
Essa democratização pode tornar o crédito mais acessível no longo prazo, com mais competição entre bancos e melhores ofertas para o consumidor.
O novo consignado privado é mesmo positivo para o trabalhador?
Para o trabalhador CLT, o consignado privado é uma boa notícia. Com juros mais baixos, é possível refinanciar dívidas ou planejar investimentos, como a compra de bens ou educação. Por exemplo, um trabalhador que paga 10% ao mês em um cartão de crédito pode trocar essa dívida por um consignado com juros de 2% a 3%, liberando parte do orçamento mensal.
Ou seja, o novo modelo pode significar:
- Juros mais baixos que o crédito pessoal comum;
- Parcelas descontadas direto no salário, o que evita atrasos e facilita o controle;
- Menos burocracia na contratação;
- Liberação mais rápida do valor.
Com tantos bancos autorizados a operar o novo consignado, é difícil saber qual possui a melhor oferta. É por isso que plataformas como a Konsi permitem comparar ofertas em tempo real e encontrar a opção com menor custo total. Para comparar e saber qual é a melhor oferta de consignado para trabalhador CLT, faça uma simulação com a konsi.
Saiba mais sobre a nova modalidade de crédito para trabalhador CLT:
No entanto, alguns economistas apontam que o lançamento da medida pode esquentar a economia em um momento em que o Banco Central está tentando justamente o oposto — conter o consumo para reduzir a inflação.
Mesmo assim, a maioria dos especialistas reconhece que o modelo traz mais qualidade ao mercado de crédito e pode beneficiar financeiramente boa parte da população.