Você já se perguntou se o consignado CLT vai ter teto de juros como acontece com os aposentados do INSS? Essa é uma dúvida que tem movimentado muitos trabalhadores da iniciativa privada, especialmente após o lançamento do programa "Crédito do Trabalhador" em março de 2025.

A resposta direta é: atualmente não existe teto de juros para o consignado CLT, mas o governo está estudando essa possibilidade. Vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre essas mudanças e como elas podem impactar seu acesso ao crédito.

Consignado CLT tem teto de juros hoje? Situação atual em 2025

Atualmente, o consignado CLT não possui teto de juros definido pelo governo. O governo optou por não limitar as taxas na versão para trabalhadores da iniciativa privada, diferentemente do que acontece com aposentados e pensionistas do INSS.

Com taxas médias de 3% ao mês, menos da metade do que é cobrado no mercado convencional de crédito pessoal não consignado, o Crédito do Trabalhador promete democratizar o acesso ao crédito.

Essa média ainda varia entre instituições financeiras, já que cada banco pode definir suas próprias taxas.

O programa já demonstra resultados expressivos desde seu lançamento. Milhões de trabalhadores CLT já têm acesso a essa modalidade de crédito, que oferece condições mais vantajosas que empréstimos tradicionais.

Diferenças entre consignado CLT e INSS: por que um tem teto e outro não?

A principal diferença está na natureza dos vínculos. Aposentados e pensionistas têm renda vitalícia garantida pelo INSS, enquanto trabalhadores CLT podem ser demitidos ou trocar de emprego.

A taxa máxima de juros passa a ser de 1,85% ao mês para beneficiários do INSS, uma proteção estabelecida considerando a vulnerabilidade desse público.

Rafael Seixas, economista especialista em crédito da Konsi, explica: "O vínculo empregatício CLT naturalmente apresenta maior variabilidade que um benefício previdenciário. Os bancos precisam precificar esse risco adicional, o que justifica a flexibilidade nas taxas."

Taxas praticadas atualmente no consignado CLT vs outras modalidades

ModalidadeTaxa Média MensalObservações
Consignado CLT2,5%Sem teto regulamentado
Consignado INSS1,85%Com teto máximo
Empréstimo Pessoal8-12%Sem garantias
Cartão de Crédito15-20%Rotativo

A vantagem do consignado CLT fica evidente: mesmo sem teto, as taxas são significativamente menores que outras modalidades disponíveis no mercado.

Governo estuda criar teto de juros para consignado CLT: o que sabemos

Embora não haja cronograma oficial, há sinalizações governamentais sobre estudos para implementar um teto de juros no consignado CLT. Essa discussão ganha força à medida que o programa se consolida no mercado.

Segundo o Banco Central, em maio, a taxa média de juros cobrada nesse tipo de empréstimo foi de 55,6% ao ano em outras modalidades, evidenciando a necessidade de alternativas mais acessíveis.

Propostas em discussão e cronograma das mudanças

Atualmente, não existe proposta concreta apresentada. Qualquer mudança dependeria de:

  • Estudos de impacto econômico;
  • Consulta ao setor financeiro;
  • Aprovação de nova regulamentação;
  • Período de adaptação para bancos.

A implementação, se aprovada, poderia levar meses para entrar em vigor, seguindo os trâmites regulatórios necessários.

Impacto esperado nas taxas de juros para trabalhadores CLT

Um eventual teto poderia:

  • Padronizar as taxas entre instituições;
  • Reduzir a margem de variação atual;
  • Aumentar a competição por outros benefícios;
  • Potencialmente impactar critérios de aprovação.

Como funciona o teto de juros no consignado INSS?

O consignado INSS possui um sistema de teto que se ajusta conforme a taxa Selic, oferecendo proteção aos beneficiários. A participação do consignado do INSS no mercado de consignados passou de 31% em dezembro de 2023 para 40% em outubro de 2024.

Este crescimento demonstra como um teto bem estruturado pode expandir o acesso ao crédito responsável.

Histórico das mudanças: de 2,14% para 1,85% ao mês em 2025

O teto do INSS passou por diversas reduções ao longo dos anos:

  • 2023: 2,14% ao mês;
  • 2024: Reduções graduais;
  • Janeiro 2025: 1,80% ao mês;
  • Março 2025: 1,85% ao mês.

Essas mudanças refletem ajustes baseados na taxa Selic e condições econômicas, sempre priorizando a proteção do consumidor.

Vale a pena contratar empréstimo CLT sem teto de juros?

Sim. Mesmo sem teto regulamentado, o empréstimo consignado CLT oferece vantagens significativas sobre outras modalidades de crédito.

Isso porque é a melhor opção atualmente para o celetista que precisa de dinheiro com juros baixos.

A Konsi, primeira e única fintech a oferecer um comparador de taxas de crédito consignado em tempo real, permite que você compare ofertas de diferentes bancos antes de decidir, garantindo a melhor condição disponível.

Como comparar propostas e evitar taxas abusivas

Saiba o que analisar quando simular um crédito:

  1. Calcule o CET (Custo Efetivo Total): Inclui todos os custos;
  2. Compare taxas de diferentes bancos: Use ferramentas como o comparador da Konsi;
  3. Verifique a reputação da instituição: Consulte reclamações;
  4. Leia o contrato completamente: Atenção às cláusulas.

Sinais de alerta:

  • Taxas muito acima de 4% ao mês;
  • Cobrança de taxas extras excessivas;
  • Pressão para contratação imediata;
  • Promessas irreais de aprovação;

Quando o teto de juros deve chegar ao consignado CLT?

Não existe cronograma oficial definido pelo governo. A implementação dependeria de estudos mais aprofundados sobre o impacto no mercado de crédito e na oferta para trabalhadores.

Rafael Seixas, da Konsi, pondera: "Um teto muito restritivo poderia reduzir a oferta de crédito, especialmente para trabalhadores com perfil de maior risco. É preciso equilibrar proteção ao consumidor com sustentabilidade do sistema. O consignado INSS teve décadas para amadurecer seu modelo de risco - no consignado CLT, os bancos ainda estão calibrando suas análises."

O que muda para quem já tem consignado CLT contratado?

Se um teto for implementado:

  • Contratos vigentes: Mantêm condições originais (direito adquirido);
  • Renegociação: Possibilidade de migrar para novas condições;
  • Portabilidade: Transferência entre bancos facilitada;
  • Transparência: Maior padronização do mercado.