A portabilidade de consignado é uma forma de trocar um crédito mais caro por outro mais vantajoso, com juros menores e melhores condições. Em 2025, essa possibilidade foi ampliada para trabalhadores com carteira assinada por meio do programa Crédito do Trabalhador, permitindo inclusive converter empréstimos pessoais em consignado privado com desconto direto em folha.

Mas afinal, como funciona essa portabilidade para o servidor público e para o trabalhador CLT? Quais as regras, prazos e vantagens? Este artigo traz respostas claras, atualizadas e práticas para ajudar você a fazer uma escolha informada.

O que é portabilidade de empréstimo consignado?

A portabilidade é o processo de transferir um empréstimo de uma instituição financeira para outra, com o objetivo de obter condições melhores. Desde 2025, trabalhadores CLT também podem portar empréstimos pessoais para consignado privado, com desconto em folha de pagamento.

Como funciona a portabilidade na prática

A nova instituição quita o saldo devedor diretamente com o banco original, sem que o cliente precise intermediar valores. Tudo é feito de forma automatizada, via sistema gerido pela Dataprev, que integra informações dos contratos, quitações e margens consignáveis.

Além disso, com o novo sistema, em caso de mudança de emprego, a dívida pode ser transferida para o novo trabalho, mantendo o desconto em folha. Se houver demissão, o desconto incide sobre a rescisão e pode usar até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória como garantia do pagamento.

Quais são os benefícios para quem contrata?

  • Juros mais baixos
  • Parcelas menores
  • Possibilidade de "troco" (valor extra liberado ao cliente)
  • Troca gratuita de banco
  • Migração de empréstimo pessoal para consignado
  • Menos burocracia com digitalização do processo

Regras da portabilidade no consignado público

A portabilidade do consignado público continua sendo a mais acessível e vantajosa para quem tem estabilidade.

Quem pode fazer?

  • Servidores públicos federais, estaduais e municipais
  • Militares das Forças Armadas e polícias
  • Aposentados e pensionistas do INSS

Quais são os limites e prazos permitidos?

  • Juros entre 1,5% e 2,5% ao mês
  • Prazo de pagamento de até 144 meses, dependendo do órgão
  • Margem consignável entre 30% e 70% da renda líquida, a depender do órgão público.

Essa estabilidade no vínculo empregatício dá mais segurança para as instituições financeiras, resultando em condições de crédito mais vantajosas para o servidor público.

Regras da portabilidade no consignado CLT (iniciativa privada)

Com as novas regras do Crédito do Trabalhador, a portabilidade foi ampliada também para trabalhadores CLT, inclusive rurais, domésticos e MEIs.

O que muda para trabalhadores com carteira assinada?

A portabilidade CLT depende do vínculo empregatício ativo, empresa conveniada com o banco ou fintech, salário recebido no mês e margem consignável disponível. A primeira fase (conversão de empréstimos pessoais em consignado) começou em 16 de maio de 2025 e, a partir de junho de 2025, será possível portar consignados privados entre instituições.

Esse novo modelo representa um avanço importante na democratização do crédito consignado, com potencial para reduzir consideravelmente o custo de empréstimos no setor privado.

Quais documentos e critérios são exigidos?

  • Empresa cadastrada no sistema
  • Contrato de trabalho ativo
  • Integração com eSocial e Carteira de Trabalho Digital
  • FGTS regularizado

A digitalização desses dados permite que o processo de análise e aprovação seja mais rápido e confiável, reduzindo a burocracia.

Principais diferenças entre as duas modalidades

Embora ambas sejam consignados com desconto em folha, há diferenças importantes na prática.

Taxas de juros e condições de mercado

  • Consignado público: de 1,5% a 2,5% ao mês
  • Consignado CLT: de 2% a 4% ao mês, conforme perfil do trabalhador e empresa

Em geral, o consignado público oferece melhores condições de taxa e prazo, por causa da segurança e previsibilidade de pagamento.

Segurança do vínculo e estabilidade do emprego

Servidores têm estabilidade, o que reduz o risco e melhora condições. CLTs, por dependerem do mercado de trabalho, têm condições mais variáveis.

Facilidade de aprovação e burocracia envolvida

  • Consignado público: mais bancos e menor exigência de comprovações
  • Consignado CLT: depende do CNPJ da empresa estar ativo e conveniado

A estabilidade de servidores facilita a aprovação, enquanto o CLT precisa contar com a regularidade da empresa e a digitalização dos sistemas.

Como comparar propostas de portabilidade com segurança

Antes de decidir portar seu crédito consignado, compare com calma e com ajuda de plataformas confiáveis.

Ferramentas online e plataformas confiáveis

o app Konsi é uma das plataformas mais completas para simular e contratar portabilidade de crédito consignado. A fintech é especializada no segmento público e oferece uma experiência 100% digital, com transparência, segurança e agilidade.

A Konsi permite comparar propostas de diversos bancos parceiros, com apresentação clara do CET (Custo Efetivo Total), valor da parcela, economia estimada e até possibilidade de troco. Tudo isso com integração direta ao sistema do governo, garantindo dados atualizados e uma análise confiável.

No momento, a Konsi ainda não oferece portabilidade para trabalhadores CLT, pois essa funcionalidade depende do lançamento do produto pelas instituições financeiras. Mesmo assim, a plataforma continua sendo referência para quem é servidor ou recebe benefício do INSS e busca melhores condições no crédito consignado.

Vale a pena fazer a portabilidade do seu consignado?

Sim, em muitos casos a portabilidade pode gerar uma economia significativa, principalmente com as novas regras de 2025. A seguir, veja quando ela vale a pena:

Quando a troca de banco no consignado realmente compensa

  • Se a nova taxa de juros for menor: Mesmo uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa mensal pode gerar uma economia significativa ao longo do contrato. Quanto maior o valor financiado e o número de parcelas restantes, maior o impacto positivo.
  • Se o prazo for mais adequado à sua renda: Em alguns casos, você pode manter o valor da parcela, mas estender o prazo e liberar margem para outros compromissos. Em outros, pode reduzir o valor da parcela sem comprometer tanto o orçamento mensal.
  • Se você puder migrar de empréstimo pessoal para consignado: Essa é uma das mudanças mais vantajosas. A diferença de juros entre um crédito pessoal (que pode chegar a 6% ao mês) e um consignado CLT ou público (entre 2% e 4%) representa uma economia substancial mês a mês.
  • Se houver oferta de "troco" com condições vantajosas: Ao portar um contrato e refinanciar com valor menor que o saldo devedor, é possível receber a diferença como crédito na conta. Esse valor pode ser usado para quitar dívidas mais caras ou equilibrar o orçamento, desde que o novo contrato ainda tenha boas condições.
  • Se você estiver insatisfeito com o atendimento do banco atual: Além de taxa e prazo, a experiência com o banco conta. A portabilidade também permite escolher instituições com melhor suporte, canais digitais eficientes e menos burocracia.