A Advocacia-Geral da União (AGU) obteve uma importante vitória na Justiça Federal, conseguindo suspender execuções que determinavam a incorporação de quintos remuneratórios aos salários dos servidores do Tribunal de Contas da União (TCU).
A decisão impede o pagamento de R$ 1,5 bilhão, que seriam quitados por meio de precatórios e como vantagens mensais do orçamento da corte de contas.
Contexto da ação judicial
A ação foi impulsionada por uma proposta de ação rescisória ajuizada pela AGU em resposta a uma decisão favorável ao Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis).
Saiba mais: Inadimplência cai entre brasileiros
O sindicato buscava a regularização dos quintos atrasados referentes ao período entre a edição da Lei nº 9.624/98 e a Medida Provisória nº 2.225-45/2001, além da incorporação desses valores aos contracheques dos servidores do TCU.
Argumentos da AGU
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) inicialmente reconheceu o pedido do Sindilegis, mas a AGU argumentou que essa decisão contrariava o Tema 395 do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em sua argumentação, a AGU destacou o risco de realizar um aporte imediato de recursos sem previsão orçamentária, além de apontar a inconstitucionalidade da incorporação dos quintos, conforme já decidido pelo STF.
Saiba mais: Qual o melhor banco para fazer empréstimo consignado em 2024?
Reversão da decisão
A vice-presidente do TRF1, desembargadora federal Gilda Sigmaringa Seixas, ao analisar o recurso da AGU, observou que a decisão favorável à incorporação não considerou todos os aspectos da matéria, sugerindo uma probabilidade de êxito dos recursos da AGU nos Tribunais Superiores. Ela enfatizou a necessidade de um efeito suspensivo devido ao potencial impacto financeiro que os pagamentos poderiam ter para a União.