O Banco Central divulgou em setembro de 2025 o Relatório de Política Monetária (RPM), que é um documento trimestral que apresenta as diretrizes das políticas adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
O documento avalia a evolução recente e das perspectivas da economia, com foco nas projeções de inflação. Além disso, o documento também menciona o impacto do "Crédito do Trabalhador", lançado no início do ano pelo Governo Federal. Segundo o relatório, houve aumento médio de 58% no endividamento dos brasileiros.
Estudo do Banco Central
De acordo com o Relatório de Política Monetária (RPM) divulgado em setembro de 2025 pelo Banco Central, houve aumento de 58% no endividamento das pessoas que contrataram o novo consignado.
Além disso, houve uma pequena redução no endividamento em modalidades de alto custo, como cartão de crédito, cheque especial e crédito pessoal não consignado. Segundo o estudo do Banco Central, o saldo dessas modalidades recuou 3% após a tomada do crédito consignado.
Veja a declaração do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen:
"O tomador desse novo crédito é um trabalhador com menor instrução e renda, menos tempo de empresa e trabalhando em empresas de menor porte. É importante olhar o perfil do tomador", afirma.
Entenda os dados sobre o endividamento dos tomadores do novo consignado privado, que foi divulgado pelo Banco Central.
| Mês da operação | Endividamento | Taxa média de endividamento | Taxa mediana de endividamento |
| Fevereiro | R$ 18,4 bilhões | 21,1% | 9,9% |
| Março | R$ 19,4 bilhões | 22,4% | 10,9% |
| Abril | R$ 25,0 bilhões | 29,9% | 17,8% |
| Maio | R$ 27,3 bilhões | 33,1% | 21,3% |
| Junho | R$ 29,6 bilhões | 36,4% | 24,4% |
| Julho | R$ 33,1 bilhões | 41,0% | 28,5% |
Como o consignado CLT funciona?
O consignado CLT que também é conhecido como "Crédito do Trabalhador" é uma linha de empréstimo consignado voltada para trabalhadores com carteira assinada (CLT). A lista de grupos beneficiados inclui os do setor privado, empregados domésticos, rurais e funcionários de microempreendedores individuais (MEI).
O Crédito do Trabalhador foi lançado em março de 2025 pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Veja a lista de vantagens do consignado CLT:
- Pagamento automático;
- Taxas de juros reduzidas;
- Prazos flexíveis.
A ideia do Governo Federal é possibilitar o acesso ao crédito com taxas mais baixas para um grande número de trabalhadores formais.
Taxas de juros do Crédito do Trabalhador
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o mês de setembro de 2025 teve queda nas taxas de juros dos empréstimos consignados. A redução reflete a migração de contratos antigos de consignados para o Crédito do Trabalhador. O dado mais recente indica mais de R$ 15 bilhões de contratos incorporados.
Veja a declaração do ministro do MTE, Luiz Marinho:
“Aos poucos, o programa vai se consolidando e os juros vão caindo, até porque não vamos tolerar taxas abusivas”, afirma.
Entenda a taxa média de juros no mês de setembro de 2025:
- 01/09/2025: 3,48%
- 02/09/2025: 2,64%
- 03/09/2025: 2,85%
- 04/09/2025: 2,62%
Vale a pena contratar consignado CLT?
Vale a pena contratar o empréstimo consignado CLT. As vantagens vão desde taxas menores a facilidade de contratação. Veja na lista abaixo as principais vantagens:
Pagamento automático: as parcelas são descontadas diretamente do salário do trabalhador.
Taxas de juros reduzidas: geralmente, o empréstimo consignado possui as menores taxas de juros do mercado, pois o risco de inadimplência é menor para os bancos.
Prazos flexíveis: prazos de pagamento são mais longos, permitindo um planejamento financeiro do trabalhador.
Acesso facilitado ao crédito: a modalidade aumenta o acesso ao crédito com taxas mais baixas para um grande número de trabalhadores formais.
Uso de garantias: possibilidade de usar até 10% do saldo do FGTS ou até 100% da multa rescisória do FGTS como garantias.
Riscos do consignado CLT
O empréstimo consignado CLT, embora ofereça diversas vantagens, também apresenta riscos que devem ser considerados antes da contratação.
Veja alguns exemplos:
Comprometimento da renda: risco de comprometimento de uma parte significativa do salário por um longo período.
Aumento do endividamento: a facilidade de acesso e as taxas de juros mais baixas podem levar o trabalhador a contrair mais dívidas do que realmente precisa ou pode pagar.
Dificuldade de quitação antecipada: embora seja possível quitar o empréstimo antecipadamente com a redução proporcional dos juros, nem sempre o trabalhador tem o valor disponível para isso.
Portabilidade mal planejada: a portabilidade para buscar condições mais favoráveis pode ser vantajosa, mas se não for bem analisada, pode resultar em taxas de juros maiores.
Risco de demissão: em caso de demissão sem justa causa, a multa rescisória e parte do FGTS podem ser utilizadas para quitar o saldo devedor.
Fraudes e golpes: é crucial estar atento a propostas muito vantajosas ou a instituições financeiras desconhecidas, pois golpes e fraudes são comuns no mercado de crédito.
Empréstimo consignado CLT: qual a margem consignável?
A margem consignável para o crédito consignado CLT é de até 35% da renda mensal do trabalhador. Esse limite existe para evitar o comprometimento excessivo da renda do trabalhador e o endividamento.
O trabalhador CLT pode ter mais de um empréstimo consignado em andamento. No entanto, é importante esclarecer que as parcelas somadas, não podem ultrapassar o limite da margem consignável.
Veja o exemplo:
Vitor trabalha como motorista e ganha R$ 2 mil por mês. Ele quer reformar o quarto da filha e escolheu o consignado para potencializar as finanças. Como será seu primeiro crédito consignado, sua margem é de R$ 700,00.
Risco de endividamento excessivo
O risco de endividamento excessivo é uma das principais preocupações ao se contratar um empréstimo consignado CLT. Embora a modalidade ofereça taxas de juros mais baixas, é crucial ter em mente que as parcelas são descontadas diretamente do salário por um longo período.
A facilidade de acesso ao crédito e as condições vantajosas podem levar o trabalhador a contrair mais dívidas do que realmente consegue pagar, criando um ciclo de endividamento.
Veja na lista abaixo dicas para evitar o endividamento excessivo:
- Planejamento financeiro;
- Objetivo claro;
- Comparação de ofertas;
- Leitura do contrato.


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