Você está com a fatura do cartão de crédito acumulando juros e se pergunta se vale a pena fazer um empréstimo para quitá-la? Essa dúvida é mais comum do que parece — afinal, o cartão de crédito é hoje a principal dívida de 6 em cada 10 brasileiros, segundo o Instituto Locomotiva.
Com taxas de juros que podem ultrapassar os 400% ao ano, parcelar a fatura pode parecer uma solução prática, mas nem sempre é a mais vantajosa. Por outro lado, modalidades como o empréstimo consignado oferecem taxas mais acessíveis — mas será que é a melhor escolha para você?
Neste artigo, vamos comparar as principais opções de crédito disponíveis para quitar a fatura do cartão, apresentar alternativas, mostrar como cada uma afeta o seu score de crédito e orientar você na melhor decisão.
Comparativo entre parcelamento da fatura e empréstimo consignado
Vamos direto ao ponto com um quadro comparativo das principais características de cada modalidade:
Modalidade | Taxa de juros mensal* | Prazo médio | Parcelas fixas | Desconto em folha |
---|---|---|---|---|
Parcelamento da fatura | 8% – 10% | 3 a 12 meses | Sim | Não |
Empréstimo consignado | 1,5% – 2,5% | Até 96 meses | Sim | Sim |
Empréstimo pessoal | 4% – 8% | 12 a 48 meses | Sim | Não |
*Segundo o Banco Central.
Conclusão: o empréstimo consignado oferece as menores taxas e prazos mais longos, sendo ideal para quem busca mais fôlego financeiro. Já o parcelamento da fatura costuma ser a alternativa mais cara, ainda que mais acessível para quem não tem margem consignável.
Como cada opção afeta o score de crédito?
O score de crédito é o seu "currículo financeiro". Ele mostra às instituições como você lida com suas dívidas. Veja como cada opção pode influenciá-lo:
- Parcelamento da fatura: compromete o limite do cartão e, se houver atraso, pode derrubar seu score rapidamente.
- Empréstimo consignado: é considerado de baixo risco, pois o desconto é automático na folha. Isso pode até melhorar sua imagem perante os bancos.
- Empréstimo pessoal: pode impactar negativamente o score se houver atraso, mas ainda é menos crítico que o parcelamento do cartão.
Quando vale a pena pegar empréstimo para quitar o cartão?
Vamos a um exemplo prático:
- Você tem uma fatura de R$ 5.000.
- Parcelando em 12 vezes com 10% ao mês, pagará cerca de R$ 12.728 ao final.
- Com um consignado de 1,5% ao mês, o valor total seria em torno de R$ 5.981.
Diferença de quase R$ 6.747!
Por isso, pegar um empréstimo com juros mais baixos para quitar uma dívida mais cara é, em muitos casos, a escolha mais inteligente. Essa estratégia é chamada de troca de dívida, e ajuda a aliviar o orçamento sem comprometer sua saúde financeira.
Afinal, o que compensa mais?
Se você tem margem consignável e acesso ao consignado, ele será quase sempre a melhor escolha: juros baixos, parcelas fixas e tranquilidade.
Se não tem essa possibilidade, o empréstimo pessoal pode ser um bom plano B. O parcelamento da fatura deve ser a última opção, usada apenas se não houver nenhuma alternativa viável no momento.
Alternativas para quem está endividado e precisa de dinheiro rápido
Antes de decidir, considere também estas opções:
Uso do FGTS para quitar dívidas
Você sabia que é possível usar o saldo do seu FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) para aliviar dívidas ou ganhar fôlego no orçamento? Essa alternativa pode ser valiosa especialmente em momentos de aperto.
Situações em que o FGTS pode ser usado:
- Demissão sem justa causa
- Aposentadoria
- Compra da casa própria
- Saque-aniversário (opcional)
- Doenças graves ou falecimento do titular
Se você aderiu ao saque-aniversário, pode antecipar parcelas futuras como forma de crédito — sem comprometer o limite do cartão ou recorrer ao rotativo.
Por que antecipar o FGTS pode ser vantajoso?
Vantagem | Detalhe |
---|---|
Dinheiro rápido | Receba o valor em até 1 hora após a aprovação |
Acesso facilitado | Saque a partir de R$ 50, ideal para despesas imediatas |
Taxa competitiva | Juros a partir de 1,59% ao mês — mais baixos que o cartão |
Sem consulta ao SPC/Serasa | A antecipação usa o saldo como garantia, mesmo com restrição |
Dica: Se você possui saldo no FGTS e já aderiu ao saque-aniversário, pode simular agora mesmo a antecipação com a Konsi. É rápido, sem burocracia e o dinheiro cai na conta no mesmo dia!
Renegociação de dívidas com o cartão
Se a fatura do cartão está apertando o orçamento, um dos primeiros passos é negociar diretamente com a administradora. Muitas vezes, o próprio emissor do cartão oferece alternativas como:
Como renegociar a dívida:
- Parcelar o valor total com juros menores que o rotativo
- Conseguir carência de alguns meses para começar a pagar
- Negociar desconto para pagamento à vista
- Refinanciar em mais parcelas com valor reduzido
Mas atenção: nem sempre a renegociação com o próprio cartão oferece as melhores condições do mercado.
Portabilidade de crédito consignado
Você pode levar seu empréstimo consignado para outro banco, que ofereça juros menores e mais vantagens. Essa é a chamada portabilidade do consignado — e pode resultar em economia significativa.
Comparativo rápido | Antes (Banco atual) | Depois (Portabilidade) |
---|---|---|
Taxa de juros mensal | 2,10% | 1,59% (exemplo Konsi) |
Prazo restante | 48 meses | Mantido ou renegociado |
Valor da parcela | R$ 320 | R$ 280 (com troco liberado) |
Troco liberado? | Não | Sim |
Dica: No app Konsi, você pode verificar se sua parcela atual pode ser reduzida ou se há valor extra (troco) disponível no seu contrato atual. Tudo 100% digital, sem precisar sair de casa.
Como comparar os prazos de pagamento e a flexibilidade financeira
Outro aspecto importante na comparação entre parcelar a fatura e pegar um empréstimo consignado é o prazo de pagamento.
Parcelamento da fatura
O parcelamento do cartão de crédito geralmente oferece prazos mais curtos, com parcelamentos variando entre 3 a 12 meses. Isso pode ser interessante para quem deseja quitar a dívida rapidamente. No entanto, quanto menor o prazo, maior será o valor das parcelas, o que pode comprometer o orçamento mensal.
Empréstimo consignado
O consignado, por outro lado, oferece prazos mais longos, que podem chegar até 144 meses (12 anos), dependendo do convênio e das regras de cada instituição financeira. Isso dá mais flexibilidade ao devedor, permitindo que ele ajuste as parcelas para que caibam no orçamento sem apertos. Além disso, por ser um crédito com parcelas fixas, o planejamento financeiro fica mais previsível.
Ao escolher a melhor opção, leve em consideração a flexibilidade financeira. Se você precisa de mais tempo para quitar a dívida, o consignado pode ser a melhor saída. No entanto, se o objetivo é pagar o quanto antes e você tem condições de arcar com parcelas maiores, o parcelamento da fatura pode ser mais interessante.
Quando vale a pena parcelar a fatura do cartão?
Mesmo que o seu objetivo seja quitar a dívida o mais rápido possível, o parcelamento ainda não será vantajoso. Isso porque, ao contratar um consignado com prazo de pagamento maior, você pode amortizar as parcelas, quitando o empréstimo em menos tempo.
Assim, você paga menos juros e ainda libera mais margem para futuros empréstimos mais rápido.
Se você já comprometeu sua margem consignável e não tem acesso a um novo empréstimo consignado, é possível refinanciar os seus contratos atuais e receber um valor extra, conhecido como "troco". Para isso, baixe o app Konsi e confira as oportunidades disponíveis.
No entanto, apenas quem tem renda mensal estável consegue contratar um consignado, como servidores públicos, segurados do INSS e até trabalhadores da rede privada. Nesses casos, pode ser interessante considerar outros tipos de empréstimo, como o pessoal, ou o parcelamento da fatura, caso, você tenha restrições de crédito.