Com a notícia da liquidação do Banco Master, veio à tona o alto investimento do Rioprevidência (Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro). O Rioprevidência foi o maior investidor entre os fundos previdenciários de estados e municípios que aplicaram no Banco Master.
Com valor estimado de R$ 970 milhões em investimentos no Banco Master, a autarquia emitiu comunicado afirmando que o pagamento de aposentadorias e pensões não serão afetados.
Banco Master sob investigação
O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE RJ) vinha alertando o Rioprevidência sobre os problemas que investimentos no Banco Master poderiam gerar ao órgão. Mesmo sob alerta, a autarquia aplicou R$ 2,6 bilhões em fundos geridos pelo Master até julho de 2025.
Além do TCE RJ, a Polícia Federal (PF) também conduziu investigações envolvendo o Banco Master com o objetivo de apurar a possível fabricação de carteiras de crédito falsas.
Rioprevidência: comunicado oficial
O órgão emitiu um comunicado em 18 de novembro de 2025 esclarecendo sua posição sobre o envolvimento com o Banco Master. Segundo a nota, o pagamento de aposentadorias e pensões está garantido, não havendo qualquer risco para os segurados do Estado do Rio de Janeiro.
“O valor efetivamente aplicado pelo órgão foi de aproximadamente R$ 960 milhões, em Letras Financeiras emitidas pela instituição entre outubro de 2023 e agosto de 2024, com vencimentos previstos para 2033 e 2034. Atualmente, a autarquia está em negociação para substituir as letras por precatórios federais”, afirma o comunicado.
Além disso, o Rioprevidência afirma que o valor investido junto ao Banco Master é inferior ao da folha mensal paga pela autarquia aos aposentados e pensionistas, hoje em R$ 1,9 bilhão, custeada em grande parte pela receita de royalties e participações especiais.
Como funciona o Rioprevidência?
O Rioprevidência é uma autarquia integrante da estrutura da Administração Indireta Estadual, vinculada à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). Uma das finalidades do órgão é arrecadar, assegurar e administrar recursos financeiros e outros ativos para o custeio de aposentadoria e pensões, concedidos a servidores estatutários e seus dependentes, pelo Estado do Rio de Janeiro.
Além disso, também é responsável por efetuar os pagamentos dos proventos de aposentadoria, reforma das pensões e de outros benefícios devidos aos membros e servidores públicos estatutários estaduais.
Aposentados e pensionistas do RJ
O relatório de governança do Estado do Rio de Janeiro divulgado em 2024 indica que o Rioprevidência conta com mais de 241 mil servidores aposentados e pensionistas civis e militares do estado.
Veja o cenário do plano financeiro:
- Servidores inativos: 124.836
- Pensionistas: 57.118
Veja o cenário do plano previdenciário:
- Inativos: 140
- Pensionistas: 209
Veja o cenário dos militares:
- Inativos: 36.916
- Pensionistas: 22.563
Impacto no orçamento
De acordo com o Caderno de Recursos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, a folha de pagamento estadual é composta por 422.675 vínculos, dos quais mais da metade (57%) são de servidores inativos e pensionistas.
Além disso, os servidores aposentados e pensionistas do plano financeiro e do plano previdenciário, somados, representam R$ 13 bilhões em folha de pagamento em todo o ano de 2024.
Rioprevidência resgata dinheiro do Master
Mesmo após a notícia da liquidação do Banco Master, o Rioprevidência deve receber meio bilhão de reais de um fundo ligado a instituição financeira. Os valores são referentes a uma operação de resgate iniciada antes da liquidação.
A autarquia do Estado do Rio de Janeiro tem 3 fundos de investimentos administrados pelo Banco Master. No entanto, decidiu encerrar um deles, com o objetivo de usar o dinheiro para pagar aposentados e pensionistas do Rio de Janeiro. A expectativa é que sejam depositados R$ 560 milhões na conta da Rioprevidência.
O que é um fundo de investimento?
O fundo de investimento é uma forma de investimento coletivo, que funciona como um "condomínio" de investidores.
Entenda como funciona o fundo de investimento:
Reunião de recursos: vários investidores (chamados de cotistas) aplicam seu dinheiro em um fundo. Esse montante de recursos é chamado de patrimônio líquido do fundo.
Compra de cotas: ao investir, o cotista não compra diretamente os ativos, mas sim cotas do fundo. O valor da sua aplicação é dividido pelo valor da cota no dia, e o número de cotas que você possui representa a participação proporcional no patrimônio total.
Gestão profissional: o dinheiro é administrado por um gestor profissional, responsável por tomar as decisões de compra e venda dos ativos. O gestor aplica o dinheiro em uma cesta de ativos (a carteira do fundo), seguindo a estratégia e os limites definidos no regulamento.
Rentabilidade: o rendimento do fundo é o resultado da valorização ou desvalorização desses ativos da carteira. Esse resultado é dividido entre os cotistas, proporcionalmente ao número de cotas que cada um possui.
Custos: o fundo cobra taxas, principalmente a Taxa de Administração (para remunerar o gestor e o administrador) e, em alguns casos, a Taxa de Performance (se o fundo superar um índice de referência pré-estabelecido).



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